Palestra do Rec'n'Play discute a importância da tecnologia assistiva
Aos 12 anos de idade, Letícia Faria tem uma missão: transformar o mundo mais acessível e inclusivo. Como uma das palestrantes mais novas da programação desta sexta-feira (20) do Rec'n'Play, ela apresentou a necessidade da sociedade discutir a importância da tecnologia assistiva a partir de sua própria história de vida.
Portadora de uma doença genética rara, a Mucopolissacaridose (MPS) tipo IV A, ela destacou, a partir da sua rotina, as dificuldades encontradas por quem precisa se locomover por uma cidade que abriga um dos polos tecnológicos e de inovação mais importantes do Brasil.
Para Letícia e mais 9% dos brasileiros que são portadores de algum tipo de deficiência, um novo equipamento, rampa ou sinalização faz muita diferença. É preciso apenas seguir o que dizia a sua avó: colocar-se no lugar do outro. Só assim um piso tátil não vai conduzir direto a uma cerca ou a uma parede.
"O mundo tem que se tornar mais igual, justo e acessível. Todos têm dificuldades na vida, mas nós somos capazes de fazer grandes coisas. Todos somos normais e parte deste mundo", disse Lelê, como é chamada por familiares, colegas de escolas, amigos e pessoas interessadas no tema da inclusão que compareceram à palestra com lotação esgotada realizada no auditório do prédio da Softex.
O evento fez parte da programação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) da Prefeitura do Recife.
Fotos: Araújo Film e Paulo Goethe