Encontro discute futuro do Centro do Recife como espaço "figital"
Em tempos pós-pandemia, o Recife passa por mudanças aceleradas que podem fazer da capital pernambucana uma das cidades mais "figitais" da América Latina. O termo citado pelo professor, cientista e um dos fundadores do Porto Digital e do Cesar School, Silvio Meira, é mais do que a simples união das palavras "física", "digital" e "social". É uma experiência em que produtos se tornam serviços, com o surgimento de novas dinâmicas socioeconômicas.
Silvio Meira foi palestrante no evento Centro do Recife na Rota do Futuro, promovido na manhã desta sexta-feira (03) no Cinema do Porto Digital pelo Gabinete do Centro do Recife. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Joana Portela Florêncio, participou do encontro como convidada, assim como a secretária executiva de Desenvolvimento e Inovação da SDECTI, Gelisa Bosi.
Antes da fala de Silvio Meira, a chefe do Gabinete do Centro do Recife, Ana Paula Vilaça, apresentou um balanço das atividades do Recentro, programa inaugurado em novembro de 2021 que busca requalificar os bairros do Recife, São José e Santo Antônio. Segunda ela, o Centro do Recife deve ser um "Lugar para viver, empreender, investir e visitar".
Com o apoio de ações da SDECTI, como o Investe Recife e o CredPop, o Recentro trabalha para fazer da zona central da capital um novo porto para novos negócios. Com a abertura de novos empreendimentos e requalificação de negócios já existentes, a previsão é de que 3.900 novos empregos sejam criados.
Para Silvio Meira, o papel do poder público deve ser de regulação e incentivo. "O Centro do Recife deve ser pensado como algo novo e não como um arremedo do que já foi no passado", defendeu. Segundo ele, além de lojas e moradia, a área central deve ser lugar para estabelecimentos educacionais de todos os níveis, onde o futuro possa ser discutido desde o presente.
Fotos: Nicole Rodrigues e Paulo Goethe